Consciência Universal

domingo, 28 de outubro de 2012

"Toda consciência individual é a própria consciência universal. Chamamos de ego separado a parte de nós que se esquece da sua conexão com o princípio da vida."
Aposto que vocês, assim como eu, também tiveram dificuldade em entender essa afirmação logo de cara. Quem sabe os trechos a seguir o ajudem a esclarecer um pouco dessa ideia, assim como também me ajudaram...

“Enquanto Eragon mergulhava nos pensamentos e sentimentos dos seres à sua volta, ele teve como alcançar um estado de paz interior tão profundo que durante aquele tempo, cessou de existir como indivíduo. Ele se permitia a fusão, era um vazio, era um receptáculo para as vozes do mundo. Nada escapava da sua atenção, pois esta não estava focada em nada.
Ele era a floresta e seus habitantes.
É assim que um deus se sente?, questionou-se Eragon enquanto voltava a si.”
(Eldest)

"Edgar Cayce, simples filho de lavradores do Kentucky, não tinha a menor ideia das fantásticas capacidades que se escondiam em sua cabeça. Ainda hoje médicos e psicólogos se ocupam da avaliação de suas ações.
Edgar Cayce adoeceu gravemente quando ainda era menino. Convulsões o agitavam, febre alta estava prestes a consumir seu corpo, e ele caiu em estado de coma. Enquanto os médicos tentavam em vão fazer a criança voltar à lucidez, Edgar, repentinamente, começou a falar, alta e nitidamnte: explicou porque estava doente, indicou alguns medicamentos dos quais necessitava e disse quais os ingredientes de uma pomada com a qual deveria ser tratado, mediante fricções em sua coluna dorsal. Médicos e parentes ficaram estupefatos, pois não podiam imaginar de onde vinham ao garoto esses conhecimentos e os vocábulos que lhe eram completamente estranhos. Uma vez que o caso parecia sem esperança, executaram-se suas indicações. A cura de Edgar processou-se clara e rapidamente após o tratamento com os medicamentos por ele indicados.
A ocorrência divulgou-se por todo o Kentucky. (...)
Dormindo, Cayce possuía conhecimentos e capacidades que, de outro modo, só poderiam resultar de doutas conferências médicas.
Certa vez, Edgar "prescreveu", a um paciente muito rico, certo medicamento que não foi possível descobrir em parte alguma. O homem mandou inserir anúncios em jornais de ampla divulgação, inclusive no exterior. De Paris, um jovem médico escreveu que seu pai havia, anos antes, preparado esse medicamento, cuja produção, no entanto, havia muito cessara. A composição era idêntica às indicações detalhadas de Edgar Coyce.
Mais tarde, "prescreveu" Edgar outro medicamento e mencionou o endereço de certo laboratório existente em uma cidade distante. Feito um chamado telefônico, recebeu-se a informação de que a preparação do medicamento acabava de ser iniciada, que a fórmula estava pronta, que se procurava um nome para o produto, que, no entanto, ainda não se achava à venda.
(...) Edgar dava duas consultas por dia, sempre na presença de médicos e sempre gratuitamente. Seus diagnósticos eram precisos - mas, quando ele acordava de seu transe, nada mais sabia do que tinha dito.
Quando membros da comissão perguntaram como ele chegava a seus diagnósticos, Edgar declarou crer que podia pôr-se em contato com qualquer cérebro que fosse necessário e lhe extrair as informações de que precisava para o diagnóstico. Ele pedia informes ao cérebro do paciente, que sabia exatamente o que estava acontecendo em seu corpo; depois, procurava, onde quer que fosse no mundo, o cérebro que lhe pudesse dizer o que deveria ser feito. Ele mesmo, acrescentou Edgar, era apenas uma parte de todos os cérebros..."
(Eram os Deuses Astronautas)

Em minha busca por conhecimento, sempre me deparo nessa questão da chamada 'mente universal' ou 'consciência universal', mas meus estudos ainda estão longe de me permitir chegar a alguma conclusão. Ainda estou engatinhando no aprendizado, mas foram esses textos minha fonte de inspiração.
Livros como os da Logosofia, de Carlos Pecotche, ou os de autores como Hermógenes e Richard Bach, me elevam, me incitam nessa busca por conhecimento.
Quem sabe, sentado em meio à natureza, não consiga, um dia, me sentir integrado com todas as outras mentes desse imenso Universo repleto de vida e segredos. Afinal, o macete é saber que sua verdadeira natureza vive, tão  perfeita como um número não escrito, em toda parte e ao mesmo tempo no espaço e no tempo.
(Trecho de Fernão Capelo Gaivota)


Refúgio

 Eu gosto de morar em cidade grande, só que não.
Gosto de viver rodeado por pessoas, de sair e ter pra onde ir, mas também sinto falta de um pouco de sossego. Sempre que viajo e conheço cidades mais tranquilas, repletas de casas rústicas, bonitas e aconchegantes, me dá uma incrível sensação de nostalgia e paz.
Será que existe um meio termo para essa divergência de gostos?
Talvez.
Esses dias tive que ir à São Francisco. Enquanto esperava dar a hora de meu compromisso, fiquei passeando pelo bairro. Fui indo cada vez mais para dentro do lugar. Quando me dei conta, estava perdido ali dentro, rodeado de casas, lindas casas, acompanhado apenas pelos pássaros que cantavam perto de mim. E quando paravam para descansar a voz, o silêncio. Silêncio quebrado ocasionalmente só pelo som de pessoas conversando na varanda, pelo farfalhar de asas de um bem-te-vi que vinha pousar próximo de onde eu estava, ou pelo som constante do balanço harmônico das árvores, que acompanhavam a brisa numa dança quase mágica.
Quem não sonha morar num ligar assim?
Passeando por ali, uma frase não saia da minha cabeça: o paraíso é uma questão pessoal.
Sei que a insegurança ronda a mente de quem pensa em morar em São Francisco. Niterói, há tempos, não é mais a mesma. Mas como deve ser bom morar ali.

Fotos por Celia Aragon

Decisões

sábado, 27 de outubro de 2012

Chega o 1° ano e, com ele, para quem já foi aluno de escola tradicionais, como eu, um velho dilema: continuar no colégio onde crescemos ou mudar para um mais forte, visando um melhor preparo para enfrentar o vestibular?
Se não aconteceu com você, provavelmente aconteceu com pessoas próximas. Com um vestibular cada vez mais disputado, e com cursinhos preparatórios nascendo da noite pro dia, fica difícil saber o que fazer.
Na minha opinião, colégios ajudam a formar pessoas, enquanto cursinhos só fazem ajudar no vestibular.
Estou tocando no assunto porque meu irmão passa por esse momento de decisão, que um dia eu também já passei.
Esses dias ele foi assistir uma reunião no colégio Gay Lussac, e eu fui junto. Voltar àquele lugar me trouxe uma boa sensação de nostalgia. Para quem não sabe, fiz minha 5° série lá, logo depois de sair do Marly Cury.
Meus amigos todos tinham ido ou pro Salesiano, ou pro Abel, então fui meio que sozinho pra lá. Na época, botei na minha cabeça que não ia gostar de lá, que meu lugar era com meus amigos no salesiano. Talvez por isso, minha experiência tenha sido tão negativa.
Ontem, quando entrei lá de novo, comecei a pensar se não tinha sido imaturo (claro que eu era, estava só na 5° série). O colégio possui uma estrutura fantástica, é bonito, além de oferecer estrutura e oportunidades que não encontro em outros lugares, tudo pelo preço de um colégio comum, diferentes das mensalidades absurdas desses cursinhos como PH e PENSI.



Senti uma agradável sensação de nostalgia e saudade enquanto passeava entre os muros da escola, mesmo tendo rejeitado o colégio na época a tal ponto de mudar para o salesiano logo no ano seguinte.
Hoje me pergunto: Será mesmo que eu não gostei daqui? Ou será que eu mesmo coloquei na minha cabeça que não ia gostar, e que tinha que ir atrás dos meus amigos no salesiano?
Que amigos?, me pergunto hoje. Quando finalmente me matriculei no Salesiano, não foi com nenhum dos "antigos amigos" que fiquei mais próximo. Fiz toda uma nova leva de amizades, boas amizades, que levo comigo até hoje, mas tudo novo.
Claro que não me arrependo da minha decisão. Acho que vivi bons momentos no Salesiano e cultivei grandes amizades. Lá, eu cresci e me tornei quem sou. Mas aprendi uma importante lição com tudo isso: nós temos que ser maduros na hora de tomar decisões. Se você botar na cabeça que não vai gostar de algo, você não vai. Vai encontrar defeitos onde antes não veria, antipatizar com quem podia ser seu amigo. Cada experiência é única, e devemos aproveitar sempre novas oportunidades.
Onde será que eu estaria hoje se tivesse tomado alguma decisão diferente? 
Até onde posso ir? Respondo, sem medo da resposta, até onde eu quiser.

Projeto Fugindo do Ninho

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Se há dois livros que marcaram minha vida, esses com certeza foram 'Fernão Capelo Gaivota' e 'Fugindo do Ninho', ambos do autor estadunidense Richard Bach.
O autor despertou em mim um desejo incessante de alçar vôos mais altos, de transcender.
Foi pensando nisso que criei esse novo projeto (sim, eu adoro projetos!). O 'Projeto Fugindo do Ninho' tem como objetivo divulgar ideias e conhecimento superiortextos simples, experiências, contos, enfim, qualquer coisa que nos faça refletir sobre questões importantes.
Ao final de cada texto, uma pergunta.
O objetivo do projeto é, longe de dizer verdades, levantar perguntas, questionamentos, e incitar à busca pela evolução da consciência.
Nessas publicações, os comentários serão mais do que importantes, pois serão nossa força impulsora!
Bom, por enquanto é só, mais tarde venho com o primeiro texto do projeto.
Até mais!

 PS: Seria injusto não citar Eragon dentre os livros que me fizeram amadurecer. Mas por se tratar de um gênero totalmente diferente, resolvi deixar para citá-lo em outras publicações.

Ele Não Está Tão A Fim de Você

"Comédias românticas por si já contém uma premissa discutível e poucas vezes diferenciada. Os meios se diferenciam, mas os fins são iguais e os desfechos parecem óbvios." Era assim que até pouco tempo atrás eu julgava cada filme do gênero que me dignava a assistir. Não que minha opinião tenha mudado, comédias românticas são feitas com essa intenção mesmo, mas passei a enxergar esse tipo de filme com diferentes olhos desde que, graças à minha namorada, comecei a dar uma chance à eles com mais frequência.
Ao invés de reclamar das obviedades, passei a reparar nos detalhes que movem o roteiro e, principalmente, a mente feminina. Aprendi que se pode aprender muito sobre as mulheres assistindo esse tipo de história, e passei a fazer disso uma meta: como eu quero fazer minha namorada uma pessoa mais feliz, preciso, independentemente de concordar ou não, prestar o máximo de atenção a como ela reage às situações de sua vida, muitas das vezes representadas, apesar de uma forma muito mais utópica, nesses longa-metragem.
 
"Ele Não Está Tão A Fim de Você" foi a bola da vez. O filme conta a história de Gigi (Ginnifer Goodwin), uma romântica incurável, que um dia resolve sair com Conor (Kevin Connolly). Ela espera que ele ligue no dia seguinte, o que não acontece. Gigi resolve ir até o bar onde se conheceram, na esperança de reencontrá-lo. Lá ela conhece Alex (Justin Long), amigo de Conor. Ele tem uma visão bastante realista sobre os relacionamentos amorosos e tenta apresentá-la a Gigi, através de seu ponto de vista masculino. Por sua vez Conor é apaixonado por Anna (Scalett Johansson), uma cantora que o trata apenas como amigo e que se interessa por Ben (Bradley Cooper), casado com Janine (Jennifer Connelly). O casamento deles está em crise, o que não impede que Janine dê conselhos amorosos a Gigi, com quem trabalha. Outra colega de serviço é Beth (Jennifer Aniston), que tem um relacionamento que causaria inveja a qualquer mulher com  Neil (Ben Affleck), e sonha em um dia se casar, apesar dele ser contrário à idéia.
São muitos personagens, e todos estão interligados de alguma maneira. Felizmente, a trama não se perde em meio ao mafuá de casais. O filme é longo, pouco mais de 2 horas, e cada casal têm seu clímax em algum momento do filme.
O longa aborda diversas questões interessantes, apesar de uma forma meio clichê. Portanto, não foi o desenrolar da história que me despertou interesse, mas sim o começo, e as diversas questões que foram colocadas em pauta.
É um filme bom, que foge um pouco do comum no começo, mas que para por aí.
 


Antes de terminar esse texto, queria deixar uma impressão pessoal. Eu, particularmente, gostei muito do casal interpretado por Jennifer Aniston e Ben Affleck. Eles viviam exatamente aquilo que eu sempre acreditei que um casal deveria viver. Ben faz o papel que eu sempre achei que um marido, ou companheiro, ou ambos, deveria fazer: é companheiro, ajuda a mulher em casa, nunca a larga desemparada, claro, tem sua vidinha, sua individualidade, seus amigos, mas ele está sempre ali, sempre por perto quando ela precisa, e mesmo quando ela terminou com ele, ele apareceu no momento em que ela mais precisava dele.
Mas o que achei mais significativo foi a forma como cada um deles, no final do filme, abriram mão de algo em que acreditavam pelo outro. Achei lindo essa demonstração de carinho e afeto, você abrir mão de algo que acredita, por acreditar mais ainda no amor.
Eu acho o casamento um evento lindo, romântico. Mas acho que existe uma diferença muito grande entre casamento e cerimônia. Um casamento de verdade não é feito por duas pessoas desfilando por uma ponte entre arroz, fitas e flores. É descobrir que, depois de uma vida inteira, eles construíram a ponte juntos , com as próprias mãos.

Trecho extraído do livro 'Fugindo do Ninho', de Richard Bach

Projeto Contos e Personagens!, Os Guardiões do Universo

terça-feira, 23 de outubro de 2012

    Os Guardiões do Universo são uma raça de seres imortais, oriundos do planeta Maltus, e criadores da Tropa dos Lanternas Verdes.

    Maltus foi o primeiro planeta no Universo a abrigar vida, e sua evolução se assemelha muito à evolução da vida na Terra. 
    As primeiras formas de vida do planeta foram seres microscópicos chamados simbiontes. Ao longo dos éons, eles se espalharam por todo o planeta e se tornaram organismos complexos, ainda que em escala microscópica. A essa altura, animais maiores também começaram a evoluir e a se espalhar pelo mundo. Ao longo do tempo, os simbiontes ganharam uma consciência coletiva e fizeram cotanto mental com os maltusianos, seres humanóides altos, de pele cinza-azulada e longos cabelos negros, que um dia viriam a se tornar os Guardiões do Universo. 
    Porém, antes desse contato, longe de se parecerem com os Guardiões de hoje, esses ainda eram pouco inteligentes e compartilhavam muitas das características de nossos ancestrais primatas na Terra.
    Os simbiontes sugeriram poder, em troca de abrigo no corpo de hospedeiros maltusianos, fornecer as habilidades observadas hoje nos guardiões, tudo através de interações físicas simbióticas. Protegendo e reparando suas células danificadas, os tornaram imortais. Da mesma forma concederem todas as características que fazem dos Guardiões os seres praticamente onipresentes dos dias atuais. 
    Com essas habilidades, rapidamente se tornaram a espécie dominante no planeta, e puderam se dedicar ao estudo e observação do Universo. Se tornaram, em sua maioria, cientistas e pensadores. 
    A origem da Tropa dos Lanternas Verdes e de tudo o que existe no Universo está relacionada aos maltusianos, em especial a um deles, Krona.
    Krona usou uma tecnologia avançada de dobra temporal para observar o início do Universo e sua criação, apesar dos perigos que envolviam o projeto.
    Inesperadamente, a máquina usada no projeto encheu o início do Universo de entropia (para quem não sabe, entropia é um conceito físico real que diz que o Universo começou compacto e organizado, e com o tempo foi se tornando menos coeso e mais desorganizado), fazendo com que este já nascesse velho. Isso alterou toda a estrutura do Universo, liberando todo o caos e o mal que existem hoje.
    Se sentindo responsáveis pelas ações de Krona, os maltusianos se mudaram para o Planeta de Oa, situado no centro da galáxia, e se tornaram enfim os Guardiões do Universo. Seu objetivo era simples: combater o mal e ordenar o Universo. Foi durante esse período que mudaram de aparência, perdendo metade do seu tamanho e aparência jovial.

No desenho, dois maltusianos no auge da evolução física. Acima, um dos Guardiões. Reparem como mudaram de aparência ao longo das eras após o incidente com o experimento de Krona.


    Os guardiões adquiriram ao longo do tempo diversas habilidades sobre-humanas, dentre elas seu vasto conhecimento, longa extensão de suas consciências, a habilidade de enganar a gravidade e voarem livremente, poderes psiquícos e a capacidade de manipular a energia verde da força de vontade, sem necessitarem de um anel do poder. Podem manipular o tempo, espaço, matéria e realidade, sendo uns dos seres mais poderosos do Universo DC

O Mal do Facebook

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A sociedade do século XXI sofre de um mal coletivo. Eu o chamo de mal do Facebook.
A "doença" não está relacionada apenas ao facebook, mas resolvi assim chama-la pois essa rede social consegue reunir e resumir todos os sintomas do problema.
A origem deste está situada há alguns anos atrás, no bom e velho Orkut. O orkut iniciou uma nova era nos relacionamentos inter-pessoais. Mais avassalador até mesmo do que a invenção do e-mail, a rede social conseguiu conectar milhares de pessoas em tempo real.
As qualidades do site eram várias: mantinhamos contato mais facilmente com amigos, reencontrávamos velhos colegas, fazíamos parte de comunidades junto com pessoas de interesses em comum, dentre muitas outras.
Mas começava aqui também o fim do ser como um indivíduo. Lentamente, e muito mais acentuado agora graças ao Facebook, não dedicamos mais tempo nenhum à nossa individualidade: estamos 24 horas por dia rodeados de pessoas, supostos "amigos", e não nos desconectamos até a hora de dormir, para depois acordar já plugados novamente.
Além disso, tais sites despertam e incitam sentimentos dos mais negativos nas pessoas. Esse tipo de ambiente propicia propagandas enganosas da vida dos outros. Tudo parece maravilhoso, e as pessoas fazem de tudo para serem donas das melhores vidas. Esse tipo de comportamente desperta inveja, mesmo que sem intenção. Afinal, porque minha vida não é tão boa quanto à de fulano? Como sicrano consegue namorados maravilhosos com tanta facilidade? Porque fulaninho faz tantas coisas enquanto eu só faço estudar?
Esses pensamentos apinham nossas mentes, mesmo que de forma inconsciente. Essa energia nos deixa desestimulados.
Junto com isso, cada vez mais cuidamos menos de nossa saúde. Somos negligentes. Achamos que comer só carboidratos, tomar suplementos e passar horas na academia é sinonimo de saúde. Não fazemos ideia do quanto estamos enganados. Como disse Nuno Cobra, preparador físico formado pela em Educação Física pela USP, pós-graduado em qualidade de vida também na USP, e mentor de atletas e celebridades como Ayrton Senn e Christian Fedipaldi: "Saúde é alegria de viver. É estar encantado com a vida. É ter entusiasmo, energia, vitalidade, disposição. Saúde é um processo de equilíbrio do organismo. São milhões de mecanismos interagindo e movimentando o interior do seu corpo para que tudo funcione adequadamente. A pessoa encantada com a vida tem o cérebro trabalhando na formação de hormônios de altíssima qualidade que vão nutrir a perfeita elaboração química inerna de bilhões de reações que ocorrem no organismo todo o tempo."

Como espero que já tenham percebido, meu objetivo não é pregar o fim deste tipo de site, principalmente porque eu faço uso destes e não pretendo excluir minha conta. A vida não segue a ideia do 8 ou 80. Mas prentendo modificar a forma como o venho usando, e assim quem sabe inspirar outras pessoas a fazer o mesmo. O Facebook e seus primos tem sua utilidade, mas estão totalmente ofuscados pelo uso descontrolado que fazem dele.
Também quero passar uma mensagem: pare de perder tempo! O relógio da vida está em movimento. O ser humano não dedica mais tempo a conhecer a si mesmo, a cuidar de si mesmo, e a curtir cada momento de sua vida.
Esqueça a vida dos outros. Concentre-se na sua! Acha que sua vida nao é tão boa quanto à do vizinho? Bobagem, a vida dele também é repleta de problemas, caso contrário não faria questão de faze-la parecer tão interessante. Pessoas felizes não precisam se exibir, não precisam falar de si mesmas. Pessoas felizes se bastam. Portanto, viva sua vida intensamente, faça aquilo o que quer, respeite quem tanto faz por você, e principalmente não tenha preguiça de viver, pois um dia, as pessoas lamentarão todo esse tempo perdido. Corra atrás dos seus sonhos, e não espere que as coisas caiam do céu, a vida gosta de quem luta por ela. Assim como no amor, lute por aquilo que você ama, e não se intimide, jamais.
Lembre-se: "Sempre que precisar de um estímulo, olhe para trás e veja todas as suas conquistas!"

The Legend of Zelda Ocarina of Time, Link

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

    Começa hoje o projeto Contos e Personagens! Tive essa ideia já faz algum tempo, mas demorou para a primeira publicação sair. A ideia é contar através de desenhos e histórias curtas um pouco sobre personagens de livros, filmes ou jogos que incitam minha imaginação.
    O primeiro personagem que venho aqui descrever é Link, herói do Jogo The Legend of Zelda Ocarina of Time. O jogo foi originalmente lançado para Nintendo 64 e é até hoje um dos mais premiados jogos da indústria de games.
    Como nunca tive um Nintendo 64, não tive a oportunidade de jogá-lo. Recentemente, porém, relançaram o jogo para o Nintendo 3DS. Visualmente muito mais bonito e bem trabalho, estou tendo agora a oportunidade de jogar essa obra-prima da Nintendo.
    A história se passa no reino fictício de Hyrule, uma terra repleta de magia e seres dos mais diferentes. O reino todo é governado por um rei que conseguiu unir todas as raças sob uma única bandeira. A capital e centro do poder é a cidade de Hyrule.
    Vamos então ao projeto em si. Espero que gostem. Boa leitura!
 
"Antes do início do tempo, antes da vida existir, três deusas douradas desceram sobre o nada que hoje é a terra de Hyrule: Din, a deusa do poder, Nayru, a deusa da sabedoria, e Farore, a deusa da bravura.
Din, com seus braços em chamas, cultivou e criou a terra. Nayru despejou sua sabedoria por sob a terra, criando as leis que manteriam coeso o mundo. Farore, com sua alma vívida, fez todas as formas de vida que viveriam segundo essas leis.
Terminado o trabalho, as três grandes deusas partiram para os céus.
No lugar de onde partiram as deusas foram deixadas três relíquias sagradas, três triângulos dourados, que juntos formam o que se chama de Triforce.
O lugar onde repousa a Triforce passou a se chamar The Sacred Realm, o Reino Sagrado.
Desde então, a Triforce tornou-se o único elo entre os deuses e nosso mundo."


    Antes de Hyrule ser uma única nação unida, antes do rei unir todas as tribos e raças sob a bandeira da família real, houve uma terrível guerra.
    Link nasceu em meio a esse terror. Fatalmente ferida, sua mãe o deixou na Floresta Kokiri, numa tentativa desesperada de salvar a vida do filho. Link é então criado pelos Kokiri.
    Os Kokiri são os habitantes da floresta. Tem sempre uma aparência de criança, apesar de muitos terem centenas de anos.
    São extremamente ariscos e acreditam que aqueles que abandonam a floresta nunca mais retornam com vida, por isso nunca abandonam a segurança de seus lares.
    O guardião dos Kokiris é a Grande Árvore Deku, um antigo espírito da natureza que vive em uma árvore. Foi a Grande Árvore Deku que adotou Link e o fez ser acolhido dentro da floresta. 
    Os habitantes de Hyrule acreditam que os Kokiri são espíritos da floresta criados pela própria Deku, mas na verdade são crianças que se perderam e foram transformadas devido a energia mística que impregna a região.
    Cada Kokiri possui uma fada. Cada fada cumpre um papel de pai e amiga na vida de cada criança Kokiri. Link é o único que não possui uma fada, justamente por não ser um Kokiri nativo, e por isso é visto como um estranho mesmo entre seus amigos.

PS: No desenho, Link, já devidamente armado antes de partir em sua jornada, com Navi, uma das fadas da floresta. Em cima, Link tocando sua Ocarina.

Valente

terça-feira, 16 de outubro de 2012

    Gosto bastante de animações, principalmente as feitas pela Pixar. Valente, no entato, não tinha chamado muito a minha atenção. Mas o que passou despercebido por mim não escapou da atenção da minha namorada, que me chamava pra ver o filme desde a época de lançamento nos cinemas. Lembro que até chegamos a ir ao Cinemark com esse objetivo, mas por algum motivo que agora me falha a memória, acabamos não assistindo.
    Depois de todo esse tempo, acabei baixando o filme pra assistir com ela, e achei o filme melhor do que eu esperava.
    A primeira princesa da história da Pixar se chama Merida, que com seus cabelos ruivos e encaracolados prefere seu arco e flecha às obrigações da coroa. Obrigações essas impostas por sua mãe Elinor, que acredita que o futuro da filha depende de suas boas maneiras e criação adequada para uma rainha. E é esse conflito entre mãe e filha que guia o filme do começo ao fim, e é ele o responsável pelos maiores altos e baixos do filme.
    As questões levantadas no começo da animação são ótimas. Duvido alguém não se identificar com Merida logo no começo da história. Todo mundo um dia já achou que seus pais eram controladores, adultos que não ligam para nossos interesses e que usam de seus próprios métodos pessoais e inflexíveis para nos educar de acordo com o que acham ser o melhor para nós. A sacada do filme é que ele mostra também o lado dos pais, e depois de passado esse 'deja-vú' de nossa adolescencia, passamos até a entender um pouco o lado de Elinor, e quem sabe até mesmo dos nossos próprios pais.
    Merida se recusa a se casar com um dos pretendentes de cada um dos quatro clãs de sua terra. O matrimônio é necessário para manter os votos de lealdade dos clãs com a coroa, mas a princesa não se sente pronta ainda e quer poder traçar seu próprio destino, sem ligar para os tabus de seu povo. Seus atos de rebeldia, no começo, inspiram qualquer espectador, porém, com o passar do filme, começamos a nos perguntar se ela não está sendo também egoísta. Afinal, teve uma vida onde nunca faltou nada e deve tudo isso a sua posição social. A paz do reino e com isso a vida de milhares de pessoas depende de suas atitudes. Admito que até agora não consegui chegar à conclusão de qual caminho seria o mais correto a se tomar por uma pessoa que viesse a se encontrar nesse tipo de situação.
    Abandonando essa questão filosófica, o filme é bom, visualmente muito bonito, passado em alguma  região da Grã-Bretanha, claramente percebível devido ao sotaque acentuado do inglês da versão original, que não consegui identificar.
    Infelizmente, não deixa de cair em velhos clichês do gênero, como o fato de Merida conseguir quebrar todas as velhas tradições de seu povo e com isso mudar o seu próprio destino. Parece que tudo é muito simples.
    Enfim, não é o melhor filme da Pixar, mas também não deixa a desejar. Recomendo.



PS: Não pude deixar de notar a semelhança da bruxa da história com Yasubaba, do filme A Viagem de Chiriro. Diria que são irmãs, só que não.

Altas Aventuras

domingo, 14 de outubro de 2012

Eu me considero uma criança. Não no que diz respeito a minha maturidade.  Nesse ponto, considero minha maior prova de amadurecimento justamente o fato de nunca deixar minha criança interior ser ofuscada pelas frivialidades da vida adulta. Eu sei ser adulto quando é necessário, mas continuo tendo o mesmo encanto com a vida que eu tinha quando era pequeno e totalmente inocente.
Pra mim, o maior responsável pelo surto de infelicidade na sociedade contemporânea é justamente o excesso de esterótipos e falta de encanto com as pequenas maravilhas da vida.
Falo tudo isso porque um filme me despertou todas essas sensações dois dias atrás. Estou falando de uma das últimas e mais aclamadas obras da Pixar: Up - Altas Aventuras.
O título começa contando em poucos minutos como Carl Fredricksen e Ellie se conheceram, casaram-se e viveram juntos harmoniosamente durante décadas; tudo sem falas. Ainda crianças, os dois possuíam em comum o gosto por aventuras e o ídolo, o corajoso explorador de terras Charles Muntz. Quando jovens, o casal planejou uma longa viagem à América do Sul, mais especificamente às Cataratas do Paraíso. Mas, por força do destino, a dupla nunca pôde realizar seu maior sonho. Então Ellie falece, deixando sozinho um rabugento e introspectivo Carl. Com a morte da esposa e uma sucessão de acontecimentos que o obrigariam a deixar sua casa para viver em um asilo, Carl decide finalmente partir para a viagem sempre planejada e jamais executada. Para seu desgosto, acidentalmente leva consigo o pequeno escoteiro Russell. O veículo usado na aventura é a grande atração: a própria casa do velhinho, sustentada por milhares de balões coloridos e controlada por um sistema de roldanas e panos que resultam numa “casa voadora à vela”.
Enquanto o velho viúvo prefere pouca ou nenhuma conversa, o garoto, determinado a conseguir sua última medalha de escoteiro por favores prestados a idosos, é falante, extrovertido e hiperativo. Russell vê tudo com o entusiasmo de uma criança começando uma vida de aventuras; Carl dificilmente se desarma para o mundo, é apegado melancolicamente a um passado que não volta mais. O que une os dois personagens é um tocante sentimento de solidão. Russel demonstra uma comovente necessidade da presença do pai, enquanto Carl está obviamente preso à saudade que sente de Ellie, sua única companhia durante toda a vida. Para suavizar o clima melancólico da história, entram em cena Kevin, uma bela e gigante ave com quem Russell logo simpatiza, e o cachorro Dug, ambos responsáveis pela maior parte das cenas cômicas do longa.
Up é capaz de nos fazer repensar nossas relações com o próximo e os sentimentos que nos fecham para tantas descobertas. Independente da idade que se tenha, é possível escolher entre o entusiasmo de uma criança disposta a descobrir o mundo ou se limitar a viver recusando um mundo de novas experiências.


In the Brightest Day

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

De todos os personagens do primeiro escalão da DC Comics, o Lanterna Verde é o que tem o universo mais complexo. O super-herói, afinal, age ao lado de outros 3.600 defensores da paz na galáxia, a Tropa dos Lanternas Verdes. A trama das histórias vai desde interações sociais na Terra até guerras espaciais entre milhares de combatentes, divididos entre facções multicoloridas que representam espectros cromáticos e emocionais.
De todos os heróis da DC, Lanterna Verde é um dos meus favoritos. O poder desses soldados cósmicos reside em um anel que materializa praticamente tudo o que lhes vêm à mente. A fonte de tanto poder é a energia verde da força de vontade que permeia o Universo. Uma raça alienígena, conhecida como Os Guardiões, cientes da existência dessa energia e de como pensamento e energia podem alterar a natureza da matéria, a canalizaram para criar os artefatos que posteriormente seriam usados pelos Lanternas Verdes que patrulham o Universo, aqui divido em 3600 setores, cada um abrangendo uma infinidade de galáxias e formas inteligentes de vida.
A complexidade só faz aumentar com a existência de outros espectros cromáticos e emocionais de energia, como a energia azul da esperança e a energia amarela do medo.
Depois de toda essa explicação, imagine a minha expectativa com relação ao filme lançado em 2011: o primeiro do personagem em live-action.
Eu não cheguei a conseguir ver o filme no cinema, mas depois de ouvir tantas críticas negativas, acabei o assistindo só agora. E fui bem com o pé atrás. Mas, para minha surpresa, o filme é bem melhor do eu esperava, mesmo que não apresente nada que não já tenhamos visto em outros filmes do gênero.
Eu sei que o filme não surpreende, e que parece apenas mais um filme de super-heróis, mas o diferencial aqui é toda a mitologia da Tropa. Os efeitos especiais melhoram ao longo do filme, e é maravilhoso ver o Planeta de Oa nas telas, imaginativo e muito bem detalhado, assim como as projeções mentais de Hal Jordan com o anel.
Enfim, mesmo nos frustrando um pouco com o filme que é, o super-herói causa certo fascínio e deixa um gostinho de quero mais. Uma franquia com uma produção realmente boa seria interessante.

A Herança

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ao ler Eldest - segundo livro do Ciclo da Herança, iniciado com Eragon - percebemos o quanto o autor amadureceu. Em Eragon, Christopher Paolini, ainda jovem e inexperiente, mostra ao mundo seu talento promissor e joga várias boas ideias, não tão exploradas, apenas para nos introduzir ao mundo da Alagaësia.
É em Eldest que percebemos sua mudança. Ideias são retomadas e começam a ser muito bem desenvolvidas.
A narrativa de Eldest começa três dias após a cruel batalha travada por Eragon para libertar o Império das forças do tirano Galbatorix. Ciente de sua própria fragilidade, Eragon parte em busca de um tal Togira Ikonoka – "O Imperfeito que é Perfeito" –, que supostamente possui as respostas para todas as suas perguntas, junto com Saphira, o dragão azul que o acompanha desde o início da aventura, para Ellesméra, a terra onde vivem os elfos. Lá, eles pretendem aprender os segredos da magia, da esgrima e aperfeiçoar o seu domínio da língua antiga. Em sua jornada, que também é uma caminhada para a maturidade, Eragon descobre que nem tudo sempre é o que parece. Os desafios de Eragon são entremeados pela luta de Roran, seu primo, cuja importância aumentou em relação ao primeiro livro, formando narrativas paralelas que se juntam no fim da trama.
Eldest é um livro extramente filosófico. A maior parte disso se deve ao fato de que nesse volume grande parte da trama está focada no treinamento de Eragon. Há muitos diálogos, questionamentos e reflexões que são válidas não só para o universo criado por Paolini, mas para o mundo real também. Quem quer um livro repleto de ação impensada, talvez venha a se decepcionar. Já para quem gosta de uma boa história, como eu, o livro é um prato feito. Digo, sem medo, que Eldest se trata de uma obra-prima.
Uma das coisas que sempre me chamou atenção nessa trilogia de quatro livros, foram os questionamentos que os personagens se fazem a todo momento. Ninguém, em nenhum dos livros que li, se transforma repentinamente num herói com senso de justiça que sabe exatamente o que deve ser feito. Muito pelo contrário. São todos tão verossímeis, que muitas vezes não sabem se o que estão fazendo é certo ou errado. Suas escolhas muitas vezes se assemelham às nossas, pessoas comuns, que muitas vezes somos obrigados a aceitar uma sobrecarga de responsabilidade pela qual não nos sentíamos preparados.
A argumentação do livro é perfeita. Todas as arestas soltas deixadas em Eragon são muito bem desenvolvidas e explicadas aqui.
Quando resenhei sobre o primeiro volume, disse que algumas das descrições de Paolini eram muito confusas. Tinha dificuldade de imaginar certas de combate e ambientes. Tudo isso mudou aqui, mais uma prova do amadurecimento precoce de Paolini. Todos os ambientes e cenas são muito bem descritos. Não foram raras as vezes em que consegui me imaginar dentro das páginas do livro, sentindo cada sensação, vendo cada cenário, ou ouvindo cada som, narrados na aventura.
Se na maior parte do livro as cenas de ação ficam por conta de Roran e os aldeões de Carvahall, o final do livro é repleto delas. A batalha na Campina Ardente é tão bem descrita que consegui me sentir dentro do acampamento do exército dos rebeldes. Fiquei ansioso junto com os soldados enquanto esperava o primeiro sinal de ataque do inimigo. Não foram poucas as vezes em que me peguei agitado lendo o livro, torcendo ora pra um ora pra outro, pulando páginas, tenso por descobrir mais, mas logo voltando atrás para não perder cada detalhe dessa deliciosa saga.
Eldest significa 'o mais velho'. O título enfim faz sentido quando lemos os últimos capítulos. Após uma  revelação arrebatora, só ficamos ainda mais ansiosos para ler a continuação.
Como disse Eragon, em um raro momento de sabedoria: 'Pais, mães, irmãos, primos, tudo começa e acaba na família.' E que o legado de Eragon demore a acabar, pois se trata de uma obra-prima de raro brilhantismo.


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