Decisões

sábado, 27 de outubro de 2012

Chega o 1° ano e, com ele, para quem já foi aluno de escola tradicionais, como eu, um velho dilema: continuar no colégio onde crescemos ou mudar para um mais forte, visando um melhor preparo para enfrentar o vestibular?
Se não aconteceu com você, provavelmente aconteceu com pessoas próximas. Com um vestibular cada vez mais disputado, e com cursinhos preparatórios nascendo da noite pro dia, fica difícil saber o que fazer.
Na minha opinião, colégios ajudam a formar pessoas, enquanto cursinhos só fazem ajudar no vestibular.
Estou tocando no assunto porque meu irmão passa por esse momento de decisão, que um dia eu também já passei.
Esses dias ele foi assistir uma reunião no colégio Gay Lussac, e eu fui junto. Voltar àquele lugar me trouxe uma boa sensação de nostalgia. Para quem não sabe, fiz minha 5° série lá, logo depois de sair do Marly Cury.
Meus amigos todos tinham ido ou pro Salesiano, ou pro Abel, então fui meio que sozinho pra lá. Na época, botei na minha cabeça que não ia gostar de lá, que meu lugar era com meus amigos no salesiano. Talvez por isso, minha experiência tenha sido tão negativa.
Ontem, quando entrei lá de novo, comecei a pensar se não tinha sido imaturo (claro que eu era, estava só na 5° série). O colégio possui uma estrutura fantástica, é bonito, além de oferecer estrutura e oportunidades que não encontro em outros lugares, tudo pelo preço de um colégio comum, diferentes das mensalidades absurdas desses cursinhos como PH e PENSI.



Senti uma agradável sensação de nostalgia e saudade enquanto passeava entre os muros da escola, mesmo tendo rejeitado o colégio na época a tal ponto de mudar para o salesiano logo no ano seguinte.
Hoje me pergunto: Será mesmo que eu não gostei daqui? Ou será que eu mesmo coloquei na minha cabeça que não ia gostar, e que tinha que ir atrás dos meus amigos no salesiano?
Que amigos?, me pergunto hoje. Quando finalmente me matriculei no Salesiano, não foi com nenhum dos "antigos amigos" que fiquei mais próximo. Fiz toda uma nova leva de amizades, boas amizades, que levo comigo até hoje, mas tudo novo.
Claro que não me arrependo da minha decisão. Acho que vivi bons momentos no Salesiano e cultivei grandes amizades. Lá, eu cresci e me tornei quem sou. Mas aprendi uma importante lição com tudo isso: nós temos que ser maduros na hora de tomar decisões. Se você botar na cabeça que não vai gostar de algo, você não vai. Vai encontrar defeitos onde antes não veria, antipatizar com quem podia ser seu amigo. Cada experiência é única, e devemos aproveitar sempre novas oportunidades.
Onde será que eu estaria hoje se tivesse tomado alguma decisão diferente? 
Até onde posso ir? Respondo, sem medo da resposta, até onde eu quiser.

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