Diferentes
filmes, com diferentes propostas, podem muitas vezes chegar aos mesmos
resultados. Não esperava que, no mesmo dia em que tinha acabado de
assistir a um filme de proporções épicas como O Homem de Aço no cinema,
me pegaria cativado pela história do filme Minhas Tardes com Margaritte.
O filme, de produção francesa, nos apresenta Germain Chazes (Gérard
Depardieu), um homem de bom coração, ao ponto de ser ingênuo, mas com
uma visível dificuldade intelectual. É considerado, inclusive por seus
amigos, como um idiota completo e só consegue carinho de Annette, sua
namorada, que vê nele algo mais do que a aparente confusão. Uma tarde,
ele encontra em um banco de praça a senhora Margueritte (Gisèle
Casadesus). "Frágil como uma bonequinha de vidro", como descreve o
próprio Germain, Margueritte é doce e simpática. No começo de forma
muito despretensiosa, a agradável senhora passa a trocar ideias com
aquele homem enorme, ensinando-lhe e lendo para ele romances que de
início só lhe causam estranheza. Desses encontros surge uma amizade
indissolúvel que ajuda Germain a encarar a vida com outros olhos.
Minhas Tardes com Margarette é leve e descompromissado, mas
de uma simplicidade tocante. É um filme curto, mas que consegue não cair
em clichês. É um filme que fala das diferenças que, mais que atrair,
complementam as pessoas.
Uma história singela, com uma
construção simples, mas que cativa. Sem maiores pretensões. Apenas uma
tarde para dar comida aos pombos e ler um bom livro com um amigo.
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1 comentários:
Ótimo ! adorei!
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