Quarteto Fantástico

domingo, 7 de julho de 2013


            Meu primeiro contato com a família fundamental da Marvel foi no desenho de 1968, produzido pela Hanna-Barbera Productions.o sou dessa geração, mas acompanhei alguns episódios anos mais tarde pelo canal pago  Boomerang (Quem não lembra do slogan: 'O que é bom, volta'?). E foi justamente ao lembrar dessa série animada que fiquei com vontade de rever o filme live-action dos 4 Fantásticos.

            Lançado em 2005, o filme seguiu a tendência que começava a nascer na época de contar a origem dos personagens de histórias em quadrinhos (o que vem sendo feito até hoje, embora hoje isso esteja sendo feito, na grande maioria dos casos, de forma muito melhor).     
            No filme, acompanhamos o Dr. Reed Richards (Ioan Gruffudd), falido, recorrendo ao ex-colega de faculdade Victor Von Doom (Julian McMahon) em busca de financiamento para realizar pesquisas sobre DNA que podem mudar o rumo da humanidade. Tão ambicioso quanto vaidoso, Von Doom aceita enviar Richards e seu braço direito, Ben Grimm (Michael Chiklis), ao espaço desde que sejam acompanhados pela sua diretora de pesquisas Susan Storm (Jessica Alba), seu irmão John (Chris Evans) e, claro, ele mesmo, que quer supervisionar tudo de perto. As coisas não saem como planejado, e eles são atingidos por uma poderosa tempestade cósmica. Ao acordarem, já na Terra, eles descobrem aos poucos os efeitos colaterais da exposição cósmica em seus DNAs. Dr. Richards ganha o poder de se esticar. Sue pode ficar invisível e emite um campo de força. Johnny consegue deixar seu corpo em chamas. E Ben ganha uma pele de pedra. Quanto ao vilão, que será conhecido por Dr. Destino, ele passa a ter certo controle sobre objetos metálicos e elétricos.
            Os personagens tiveram suas características mantidas: os dramas pessoais do Coisa, o relacionamento de Reed e Sue, a irresponsabilidade do Tocha-Humana, e toda a tensão de se trabalhar em "família" está presente. Tudo isso, porém, é abordado de forma muito mais leve e descompromissada. Além disso, o filme, por mais que dê uma pincelada nas explicações científicas, é bem mais fantasioso se formos comparar com essa onda de "realismo" nos atuais filmes de super-heróis.
            A origem do Dr. Destino é diferente das dos quadrinhos, apesar de muitas referências estarem lá, como aquela à Latvéria (pra quem não sabe, a Latvéria é um país fictício da Marvel, de onde vem o Dr. Von Doom). Nos quadrinhos, Victor não vai pro espaço, e não ganha poderes. Sua origem é muito mais complexa, mas achei que essa mudança na origem foi necessária pro personagem se encaixar no roteiro. Não há tempo pra sua origem e a do Quarteto em um único filme, e desenvolver toda a origem de seus "poderes" em paralelo aos do Sr. Fantástico e cia beira o impossível. Apesar disso, achei que esse Dr. Destino é muito fraco e superficial. Isso é péssimo, já que o personagem é um dos melhores vilões dos quadrinhos. 
            Enfim, Quarteto Fantástico é um filme divertido. Tem bons efeitos especiais e ótimas tiradas cômicas. O que há de melhor nos quadrinhos está presente, mas não espere ver muito mais que isso. Se você parar pra pensar no filme alguns minutos depois dos créditos finais, vai perceber que o roteiro tem vários furos. Além disso, a história é realmente bem simples, sem tentar nos dar um roteiro mais inteligente. Acho que a família fundamental da Marvel merecia mais, mas o filme cumpre bem o seu papel de entretenimento sem compromisso.

Entrelinhas

          Pra quem gosta do Quarteto Fantástico, recentemente foi lançado pela Panini um encadernado da mini-série Quarteto Fantástico 1234. A mini-série aborda uma trama pra lá de psicológica, explorando os dilemas e as fraquezas de cada personagem individualmente. É realmente muito boa, apesar de achar bem fácil de você se perder na história, tamanha a quantidade de referências e complexidade do roteiro. Para os fãs já familiarizados com a família fundamental é uma ótima pedida.
          Pra quem se interessar pela origem desse grupo de super heróis e do porque de sua criação, só clicar no link abaixo e conferir o artigo escrito pelo site de entretenimento omelete:

1 comentários:

Paulo Rennes Marçal Ribeiro disse...

Sempre gostei de HQ, aliás meu gosto por ler começou com os quadrinhos, primeiro os de Walt Disney e depois os heróis da Marvel, da DC, revistas que tenho várias originais das décadas de 1960 e 1970. O Quarteto Fantástico foi uma dessas maravilhas que nos encantavam, meninos ávidos por aventuras, por super-heróis, em um tempo que não volta mais, mas que é revivido em meu coração na leitura de Padu Aragon e seus sempre muito sensíveis e estimulantes escritos.

Postar um comentário

Blog contents © Portfólio da Vida 2010. Blogger Theme by Nymphont.