Star Trek

domingo, 16 de junho de 2013

Recentemente estreou Star Trek Além da Escuridão, segundo filme da reinventada franquia Star Trek. Entrando nesse clima de estréia, resolvi rever o primeiro filme dessa nova franquia, lançado ainda em 2009. Acho que não lembrava do quão bom esse filme era, e assisti-lo novamente me deixou com vontade de deixar por escrito minhas impressões sobre ele.

                É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar de Star Trek (ou Jornada nas Estrelas, como era chamada no Brasil). Ainda assim, mais difícil ainda é encontrar alguém da minha idade que tenha assistido a série original da década de 60. Justamente pensando nisso, o produtor e diretor J.J. Abrams resolveu voltar às origens da franquia, buscando ganhar, além dos já fiéis fãs da série original, justamente o público que jamais se viu diante da saga.
                Para quem não sabe, Star Trek foi criada em 1966, no auge da Guerra Fria e da corrida espacial. Conhecida como uma série inovadora e criativa, discutia problemas da sociedade através de raças alienígenas e civilizações extraterrestres. Algo que achei interessante no filme (já que não posso falar da série, pois nunca vi um episódio sequer) foi que os seres humanos, ao contrário do que estamos acostumados em ver em filmes com temática similar, não são atrasados tecnologicamente. Muito pelo contrário: além de tecnologicamente desenvolvidos, somos uma das raças que fundaram o que o filme chama de Federação dos Planetas Unidos, um corpo governamental com o objetivo de promover os valores da liberdade, igualdade, paz e cooperação entre seus planetas-membros. Tudo isso deixa no ar uma certa imagem de: imagine do que do que seríamos capazes de alcançar se não estivéssemos tão preocupados em brigar entre nós mesmos.
                Falando da história em si, o filme conta a história de James Tiberious Kirk, um jovem rebelde inconformado com a morte de seu pai. Certo dia, recebe convite para fazer parte da formação de novos cadetes para a Frota Estelar. Uma vez lá conhece Spock, um alienígena da raça vulcano que optou por deixar seu planeta porque é metade humano. Durante o treinamento, e também na primeira missão, os dois vivenciam novas experiências provocadas por seus estilos opostos. Assim, Spock, o racional, e Kirk, o passional, tentarão salvar a Terra de um inimigo louco por vingança ao lado dos outros integrantes da tripulação da U.S.S. Enterprise, a mais avançada nave espacial da época.
                O início do filme baseia-se principalmente em nos apresentar a esse universo de exploração espacial, e seus personagens. Depois de muito bem apresentados à quase todos os futuros tripulantes da USS Enterprise, o roteiro dá lugar a sua trama principal e às belíssimas cenas de ação.
                Com personagens carismáticos e bem desenvolvidos, e uma ótima história, que trabalha lado à lado com os efeitos especiais de última geração, Star Trek é uma ótima pedida. É claro, é um filme de ficção científica, e como em todo filme do gênero, exige-se atenção à trama, caso contrário o espectador pode se perder um pouco no desenrolar da história.
                Apesar de, como disse anteriormente, não saber nada da série original, sei que o filme não dá margem aos lamentos nem dos fãs mais devotados. Isso porque com uma viagem no tempo muito bem desenvolvida na história, ainda que exija um pouco de conhecimento de Física dos mais leigos, J.J. Abrams cria um universo paralelo que não ignora a existência do original, aclamado pelo fãs, mas o dá liberdade para seguir com a franquia, sem medo de pisar em cima de território já bem estabelecido. Ponto pra ele.

1 comentários:

Paulo Rennes Marçal Ribeiro disse...

Para mim, fã de Jornada das Estrelas desde quando a série foi lançada (assistia à série ainda na TVem preto & branco), ler o texto de Padu Aragon me trouxe recordações e me fez ficar ansioso para assistir esta nova versão da "jornada de cinco anos" em que a Enterprise audaciosamente ía onde o homem jamais esteve... Padu escreve com estilo, com paixão, estimulando a curiosidade e a vontade de conhecer os filmes sobre os quais escreve.

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