As Previsões de Edgar Cayce

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Um dos livros que mais me marcaram foi, com certeza, Eram os Deuses Astronautas, de Eric Von Dänike. Independente do que é verdade, e do que não é, nas pesquisas de Von Dänike, o livro expandiu a maneira pela qual eu enxergava o mundo. Longe de achar que um dia eu vá encontrar uma verdade absoluta, adoro pesquisar sobre vários dos conceitos que o autor nos apresenta em livro, seja pra descobrir que ele se enganou, seja pra admitir que estamos diante de um grande mistério no qual suas teorias fazem todo o sentido. Uma das passagens de sua obra diz respeito a um homem chamado Edgar Cayce. Afinal, o que é verdade e o que é mentira por trás dos grandes feitos desse homem que é considerado por muitos o maior clarividente da história?

"Durante 40 anos, Edgar Cayce ia a casa de famílias norte-americanas, deitava-se no sofá, fechava os olhos, punha as mãos sobre o estômago e começava a falar. Quando acordava, não se lembrava de nada, mas os clientes tinham receitas para curar doenças tão desconhecidas como a psoríase ou explicações para o cancro da mama e do pulmão, indicações estratégicas para as suas empresas e sempre, ou quase sempre, lições sobre o melhor caminho a dar à vida. Em 1910, o The New York Times chamou-lhe o homem mais fascinante da América e os pedidos de consulta dispararam."
            Logo de início vou deixar bem claro que foi muito difícil encontrar material confiável a respeito da vida de Edgar Cayce, isso porque, devido as suas previsões, ele se tornou incrivelmente famoso ao longo da vida, o que acabou gerando uma série de falsas alegações a respeito de suas previsões. Como nós estamos cansados de saber, esses assuntos ditos "esotéricos" devem ser tratados com o máximo de cuidado, porque muita gente que não sabe muito bem do que está falando começa a divulgar boatos, trechos e conclusões precipitadas como se fossem verdade, sem nem mesmo procurar a fonte da informação. Por isso eu resolvi fazer diferente: vou primeiramente transcrever o trecho do livro Eram os Deuses Astronautas em que Von Dänike cita Edgar, pois sua veracidade é mais fácil de ser atestada, visto que suas previsões médicas aconteceram de fato. Inclusive todas as suas consultas foram transcritas por uma datilógrafa e reunidas posteriormente pela fundação Edgar Cayce's A.R.E., uma associação de envergadura mundial que segue examinando e documentando os registros de suas consultas. São ao todo 14 306 transcrições, a maioria alvo de estudo de acadêmicos sérios.
            " Edgar Cayce adoeceu gravemente quando ainda era menino. Convulsões o agitavam, febre alta estava prestes a consumir seu corpo, e ele caiu em estado de coma. Enquanto os médicos tentavam em vão fazer a criança voltar à lucidez, Edgar, repentinamente, começou a falar, alta e nitidamente: explicou porque estava doente, indicou alguns medicamentos dos quais necessitava e disse quais os ingredientes de uma pomada com a qual deveria ser tratado, mediante fricções em sua coluna dorsal. Médicos e parentes ficaram estupefatos, pois não podiam imaginar de onde vinham ao garoto esses conhecimentos e os vocábulos que lhe eram completamente estranhos. Uma vez que o caso parecia sem esperança, executaram-se suas indicações. A cura de Edgar processou-se clara e rapidamente após o tratamento com os medicamentos por ele indicados.
            A ocorrência divulgou-se por todo o Kentucky. (...)
            Dormindo, Cayce possuía conhecimentos e capacidades que, de outro modo, só poderiam resultar de doutas conferências médicas.
            Certa vez, Edgar "prescreveu", a um paciente muito rico, certo medicamento que não foi possível descobrir em parte alguma. O homem mandou inserir anúncios em jornais de ampla divulgação, inclusive no exterior. De Paris, um jovem médico escreveu que seu pai havia, anos antes, preparado esse medicamento, cuja produção, no entanto, havia muito cessara. A composição era idêntica às indicações detalhadas de Edgar Coyce.
            Mais tarde, "prescreveu" Edgar outro medicamento e mencionou o endereço de certo laboratório existente em uma cidade distante. Feito um chamado telefônico, recebeu-se a informação de que a preparação do medicamento acabava de ser iniciada, que a fórmula estava pronta, que se procurava um nome para o produto, que, no entanto, ainda não se achava à venda.
            (...) Edgar dava duas consultas por dia, sempre na presença de médicos e sempre gratuitamente. Seus diagnósticos eram precisos - mas, quando ele acordava de seu transe, nada mais sabia do que tinha dito.
            Quando membros da comissão perguntaram como ele chegava a seus diagnósticos, Edgar declarou crer que podia pôr-se em contato com qualquer cérebro que fosse necessário e lhe extrair as informações de que precisava para o diagnóstico. Ele pedia informes ao cérebro do paciente, que sabia exatamente o que estava acontecendo em seu corpo; depois, procurava, onde quer que fosse no mundo, o cérebro que lhe pudesse dizer o que deveria ser feito. Ele mesmo, acrescentou Edgar, era apenas uma parte de todos os cérebros..."
(Eram os Deuses Astronautas?)

            "(...) era apenas uma parte de todos os cérebros"... Esse foi o trecho que me deixou mais intrigado depois de toda essa história. Vale acrescentar que ele não entendia quase nada de medicina, muito menos era formado médico. Edgar também cita, em outra de suas transcrições, que adquiria o conhecimento "entrando em contato com o subconsciente de quem solicitava as consultas; e recorrendo aos “registros akáshicos”, que ele chamava também de “o livro da memória de Deus”, arquivos completos de todas as almas desde sua criação, inscritos nas coordenadas do espaço-tempo." Segundo ele, tendo acesso às fontes universais de conhecimento, ele era capaz de dissertar acerca de qualquer assunto.
            Além das citadas previsões médicas, Cayce fez inúmeras previsões do futuro da humanidade, e realizou também um detalhado relato sobre o mítico continente da Atlântida e de toda a história da humanidade, que acaba por bater, inclusive, com muitas das teorias do próprio Von Dänike. Mas isso não entra muito no que eu queria incitar com esse texto, porque já entraria em um outro assunto que acabaria tirando um pouco do foco da semente que eu quis jogar aqui.
            Enfim, tudo que citei nessa postagem são fatos que realmente aconteceram e a interpretação da pessoa envolvida a respeito de suas próprias habilidades, que são por si só intrigantes. Afinal, o que é real e o que não é por trás dos supostos feitos desse homem? Será que somos mesmo apenas uma parte de todos os cérebros, e estamos uns conectados aos outros?

1 comentários:

Paulo Rennes Marçaç Ribeiro disse...

Eram os deuses astronautas?... Erich von Daniken... Histórias fantásticas explicadas de um jeito fascinante que me empolgaram quando eu tinha meus 18 ou 19 anos... Ler o texto de Padu Aragon me levou ao meu passado, como ler Erich von Daniken em minha juventude me levou ao passado do planeta... As lendas antigas dos diferentes povos são sempre empolgantes, os mistérios da mitologia e das religiões despertam em nós a vontade de encontrar respostas para o inexplicável... Querem algo mais fascinante do que sermos visitados por inteligentes seres de outros planetas? Gostei da exposição clara e objetiva mas sempre carregada de emoção que Padu costuma nos brindar ao refletir sobre livros e filmes. Mais uma vez acertou. Os céticos podem criticar à vontade, já li muitas matérias que apresentaram Daniken como uma fraude... Não me importo. Ficção, especulação ou imaginação, o que conta é o fascínio que seres extra-terrestres exercem sobre nós... A busca por respostas... Valeu, Padu Aragon. Você ainda será um grande escritor.

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