Loki

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Se tem um personagem da Marvel nos cinemas que pode rivalizar em termos de popularidade e carisma com o Tony Stark interpretado por Robert Downey Jr. , é o deus nórdico da trapaça, Loki, interpretado por Tom Hiddleston. Curiosamente, ele é um dos principais vilões do universo Marvel; não é um dos mocinhos. Mas Loki se mostrou um personagem tão complexo, profundo e interessante que acabou ganhando o público e ofuscando o próprio Thor. Mas pra mim e para a maioria das pessoas que vão ao cinema, que nunca leram muitas histórias solo do Thor, fica a vontade de nos aprofundarmos mais no personagem, e quem sabe entender um pouco mais das suas motivações, que apesar de bem apresentadas, não foram esmiuçadas na telona. Felizmente, se esse é o seu caso também, recentemente foi relançada pela Panini a minissérie Loki, uma minissérie em 4 edições publicada originalmente em 2004, escrita por Robert Rodi e desenhada por Esad Ribic.

            A história começa da seguinte forma: Loki finalmente derrotou Thor e os deuses asgardianos e é o novo soberano de Asgard. A partir daí, nós passamos a acompanhar esse momento pós vitória. Em nenhum momento descobrimos como ele fez isso, e o que realmente aconteceu, mas isso pouco importa para a história. O objetivo de Loki não é contar outra história da luta do bem contra o mal, do herói que vence o vilão. Não, o objetivo da minissérie é nos mostrar o ponto de vista do meio-irmão de Thor: entender sua insaciável sede por poder, seus conflitos internos, seus sentimentos ambíguos. Mergulhamos na personalidade, na história e nas motivações do personagem. Nós passamos a entendê-lo. Acompanhamos a luta de um homem para fugir de um destino que ele não consegue aceitar.
            Loki é uma HQ totalmente introspectiva. A cada releitura você pode pescar novas reflexões. Logo na minha primeira leitura parei pra pensar em muita coisa: que ser rei não se trata apenas do poder, mas das responsabilidades que acompanham o cargo, o quanto ações aparentemente bobas no passado podem ter consequências no futuro, até que pontos estamos presos em um destino pré-determinando, e o quanto podemos fazer para mudar o nosso futuro, dentre outras. Tudo isso em pouco mais de 90 páginas.
            Já a arte de Esad Ribic dividiu minha opinião. Apesar de belíssimos desenhos, e de traços extremamente realistas, o desenho de Ribic é "sujo". Ele simboliza bem toda aquela "sujeira" da Idade Média. O próprio Loki é feio e banguela. Eu particularmente prefiro desenhos mais limpos e bonitos, mas isso é questão de gosto mesmo, porque a arte é inegavelmente maravilhosa.
            Enfim, se você nunca teve contato com a mitologia do personagem e quer saber mais sobre quem realmente é o Loki, e o que ele representa no universo Marvel, ou se simplesmente você está atrás de uma excelente narrativa em quadrinhos, não deixe de adquirir esse volume.




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